Capital intelectual, um ativo chamado conhecimento

A percepção de valores que temos desde a infância está interligada aos bens materiais. Onde moramos, o carro da família na porta da escola, as jóias, roupas e ainda o volume da aplicação financeira nos bancos. Inconscientemente tudo começa quando ganhamos o nosso primeiro cofrinho, e com ele, aprendemos que para ter desejos de consumo é preciso poupar, e com isso, desde cedo passamos a valorizar as coisas que proporcionam às pessoas a maior visibilidade social. Mas, infelizmente não aprendemos que todo produto, objeto do nosso desejo, tem uma fórmula secreta desenvolvida pela intelectualidade do ser humano. Estamos diante de um ativo patrimonial chamado conhecimento, e não o contabilizamos apesar de ele gerar tudo aquilo que julgamos como riqueza. Esse ativo sempre existiu desde os primeiros grupos sociais e a cada dia sofre transformações impostas pela exigência do nosso desejo de sempre consumir o novo e o mais moderno produto ou serviço.  

Refletir não é uma prioridade social, mas tente imaginar como seria nossa vida sem as descobertas da ciência em relação à saúde? – Como viajar pelo espaço aberto e, em poucas horas, atravessar oceanos? – Como conviver sem a velocidade da informação proporcionada pelo avanço tecnológico das telecomunicações? Ou ainda, como está a roupa que está usando neste momento? Qual a sua cor e estilo? Será que está dentro dos padrões da moda desta estação? Será que a sua imagem pessoal está dentro das expectativas da sua posição social?

Diante de todos estes fatores proporcionados pelo conhecimento, fica muito difícil imaginar o nosso cotidiano sem esses avanços. Acostumamo-nos rapidamente com o que há de melhor, e a explicação é simples; o conhecimento possui o poder da transformação da matéria prima e do nosso comportamento. Esse é o grande segredo das corporações de sucesso. Para isso, as empresas buscam em profissionais novos valores ativos e investem neles, pois nós, seres humanos, sempre seremos capazes de armazenar e aplicar os recursos intelectuais adquiridos.

Acostumamo-nos rapidamente com o que há de melhor, e a explicação é simples; o conhecimento possui o poder da transformação da matéria prima e do nosso comportamento.

Economicamente, o conhecimento está sempre próximo do dinheiro, que passa a circular em função de um conjunto de atividades afins que movimentam uma economia globalizada. Nela, deparamos com as mais diferentes formas de ativos ligados ao conhecimento, como, por exemplo: a força da agricultura, que saiu da era primitiva, quando não havia a aplicação do capital intelectual, para o que deparamos na atualidade: com recordes de produtividade por hectare e importante peso na balança comercial. Isso é o resultado da aplicação do conhecimento.

Para sustentar os negócios de uma empresa, aprimorar a sua organização, controlar, obter certificação de qualidade e evoluir dentro do setor produtivo é impossível imaginarmos, independente do porte da empresa, a ausência de um sistema de informática que processa a inteligência das áreas, elaborado e monitorado pelo conhecimento do próprio homem. Em todos os setores econômicos, indústria, comércio e serviços o conhecimento profissional aparece no ambiente interno das empresas na forma de prestação de serviços em diferentes áreas ou departamentos, e todo este envolvimento de ativos intelectuais é que proporciona os resultados que impulsionam a força econômica de uma Nação. Cabe, a gestão das empresas terem a habilidade de unir equipes profissionais com diversidade de formação e competências para auxiliar na missão da busca da excelência na produção de bens e serviços e consequentemente obterem o sucesso mercadológico, a liderança setorial, o respeito e principalmente o conceito de qualidade deferido pela sociedade.

Este artigo foi publicado em setembro de 2012, na Revista FG – Editada pelo Grupo Fortes Guimarães do segmento imobiliário. (https://issuu.com/revistab/docs/fg01) A nossa empresa, Singullar, fazia parte do conselho editorial e consultoria de marketing. Foi neste mesmo mês e ano, quando também atuávamos na consultoria de capacitação das equipes comerciais das exibidoras afiliadas a Central de Outdoor Seccional Estado de São Paulo, que percebemos uma lacuna para iniciamos os primeiros estudos para metodologia que afere a audiência da Mídia OOH no Brasil. Após quase uma década, e com o mesmo foco, conseguimos proporcionar desde o início conhecimento através de dados e métricas,  fruto de muitos estudos que resultaram em metodologias exclusivas para cada tipo de peça da mídia OOH, seja fixa ou em movimento, externa ou indoor.

Na época, o ativo das empresas exibidoras era apenas contabilizado como “engenhos”, uns analógicos outros até já eram digitais.  E através do nosso Sistema Infooh, as exibidoras usuárias passaram a ter um novo ativo para contabilizar, que são os dados técnicos de audiência que deram uma nova identidade a cada peça, em cada cidade.

Com este ativo, chamado conhecimento, mudou o comportamento de consumo e o branding da Mídia OOH no país. Portanto, se você empresário da Mídia OOH ainda contabiliza seu ativo somente pela quantidade de engenhos e seu feeling de escolha do local, é importante lembrá-lo que os anunciantes e o mercado publicitário, que reproduz conhecimento embalado na criatividade, estão em busca também de outro ativo para decidir onde irão expor suas campanhas. O mercado exige mais do que o simples endereço. As auditorias e o compliance, exigem também do marketing e suas agências conhecimento fundamentados por dados como alcance, frequência, custo por mil, perfil social e potencial econômico, e todos estes dados nossos sistemas disponibilizam online, com informações de todas as cidades brasileiras.


Laércio Ferreira da Silva

CEO – Instituto INFOOH

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