Com a sua terra roxa e avermelhada, a capital Campo Grande – MS, recebeu o carinhoso apelido de “cidade morena”, simbolizando a fertilidade do solo. A sua extensão territorial também ratifica o seu nome, grande e plana. Possui um potencial econômico invejável, atualmente com mais de 950 mil habitantes, que juntos consomem de 2,5 bilhões de reais mensalmente, sua densidade demográfica a coloca no 15º lugar no ranking das capitais, e o 18º lugar dentre as 5.570 cidades brasileiras.
Podemos observar, que 63,20% do consumo mensal das famílias em Campo Grande está concentrado em Alimentação, Habitação e Transporte, e 36,80% ficam com os demais segmentos, dentro da média nacional, ou seja, quase 2/3 do consumo mensal.

Fonte: Instituto de Pesquisa Infooh, maio 2025
Quando começamos a entrar em detalhes dos dados econômicos, vamos descobrindo números bem interessantes, como do Aumento de Ativo, ligado diretamente a construção civil, que sem dúvidas, é responsável pela alta capilaridade e redistribuição de renda entre os demais segmentos. Além, claro, da taxa de empregabilidade. Totalizando 228 milhões de reais mensais, e 64,48% de participação, estão destinados a aquisição de imóveis, 35,46% para reformas e 0,6% para outros serviços. E, se agruparmos a sua participação de 9,12%, aos 63,20% citados, teremos 72,32% da renda dos moradores da capital do estado concentrados em quatro segmentos.
Para arrematar sobre a contrução civil, atualmente Campo Grande possui 352.074 domicílios, sendo 7,7% deste total em apartamentos, 27,4% do total são moradias alugadas e apenas 0,1% do total são consideradas favelas. Isso é facilmente explicado, uma vez que, 93,3% são das classes ABC, 5,2% classe D e apenas 1,6% da classe E. Outros dados que explicam a importância e o crescimento em alta do setor, é a renda por domicílio de R$ 8.938,97, sendo a 228º. Posição do ranking nacional, e toda esta renda distribuída entre 01 e 5 ou mais moradores, (1=18,5%; 2=28,4%; 3=24,0%; 4=20,25%; 5 ou mais – 8,5%).
Na sua densidade demográfica, com 954.546 mil habitantes, e IDH de 0,784 (muito alto), temos 47,2% homens e 52,8% mulheres e 42,7% são casados. O IBGE classifica a população em doze faixas etárias, como demonstra a figura 02. Verificamos que 70,4% fica acima dos 20 anos, concentrando 671.730 habitantes, que podemos chamar de responsáveis pelos investimentos, e pelo volume do consumo mensal. Mais um dado que podemos destacar são os idosos, com 61.356 habitantes, 6,4% da população da capital, que por analogia, foram os precursores de toda esta riqueza, pois acreditaram no desenvolvimento do centro oeste brasileiro, e usufruem junto com seus herdeiros a sua qualidade de vida. Vale lembrar que cidades no Brasil com um total 60 mil habitantes são apenas 25 cidades, então a capital tem uma 26ª cidade apenas de idosos.

Fonte: Instituto de Pesquisa Infooh, maio 2025
Grande no nome, e enorme na sua importância econômica, e os números isoladamente, seja qual corte de estudos analisarmos, serão muito significativos. Vamos observar mais algumas curiosidades: 67,0% são proprietários de automóveis, 17,9% preferem motos, juntos podemos afirmar que 84,9% possuem pelo menos um veículo automotor. 97,5% dos domicílios possuem internet e 99,1% tem celular.
Os números é que constroem as estratégias de marketing, e através deles as empresas fundamentam suas metas de crescimento. Vamos observar agora um segmento tão importante para nossa qualidade de vida, Assistência e Saúde, com faturamento de 186 milhões de reais mensais, 7,45% de share, ao abrirmos a sua formação temos: Plano / Seguro saúde: R$ 68.849.492,00 (36,91%); Remédios: R$ 62.262.323,00 (33,38%); Material de tratamento: R$ 13.805.184,00 (7,4%); Consulta e tratamento dentário: R$ 13.726.421,00 (7,36%); Consulta médica: R$ 9.329.065,00 (5,00%); Outras: R$ 7.969.078,00 (4,27%); Exames diversos: R$ 6.154.952,00 (3,3%); Tratamento médico e ambulatorial: R$ 2.646.574,00 (1,42%); Serviços de cirurgia: R$ 1.548.515,00 (0,83%); Hospitalização: R$ 247.666,00 (0,13%). E apenas para ilustrar a frase da estratégia de marketing, o consumo mensal dos remédios ocupa a 2ª posição no ranking de faturamento, que são distribuídos em mais de 400 unidades de farmácias presentes na capital sul mato-grossense, o que resulta per capita, 01 farmácia para um pouco mais de 2 mil habitantes.
São inúmeros sub segmentos econômicos, e permite chegar ao consumo mensal de ovos (R$ 3.011.760,00) por exemplo, ou de café moído (R$ 4.476.760,00), dentre tantos outros produtos que consumimos diariamente, e apenas mais um que chama atenção: R$ 5.422.300,00 é o volume mensal em jogos e apostas na capital, isso significa que muita gente continua buscando a sorte para mudar de vida.
Porém, o mais importante para você leitor que chegou até aqui, é lembrar que todas as cidades são grandes celeiros de oportunidades, ansiosas para que você possa empreender ou ter emprego com qualidade de vida. Campo Grande é, sem dúvidas, uma cidade privilegiada, mas em algum momento, tiveram pessoas visionárias que a fizeram chegar do zero até o momento atual.
Para finalizar, deixo um pequeno exercício: organize o faturamento mensal da sua empresa, seja qual for o segmento, e compare com os dados até agora apresentados do segmento que atua, e veja qual a sua importância percentual. Saiba que por menor que ela seja, você é responsável por uma empresa geradora de empregos e renda, que auxilia todos os dias a capital do estado do Mato Grosso do Sul a ser maior e consolidar o seu nome “Campo Grande, a morena do Brasil para os brasileiros”. Projetando expectativas, vale lembrar da implantação e consequente crescimento do projeto da “Rota Bioceânica”, ratificado pelo Congresso em 2023, a capital também será em breve conhecida como a morena para os estrangeiros.
